Visões

O tempo deixou-me. Afinal era isto que era necessário. A nova etapa começou. Ansiava no meu interior, esperava por conseguir, duvidava por não chegar e explorava baseado erradamente. Só peço uma vez. As restantes não são do meu domínio. Esta liberdade que me autorizo a manusear é tesouro.
Olhares. Olhos nos olhos. Olhares trocados. Troca de olhares. Relançes esporádicos agendados aleatoriamente, de troca de olhares entre duas almas. Prazer da vida, quando no espaço temporal e físico os olhos certos se encontram. Preferia alguns minutos em silêncio, olhos nos olhos, que uma simples conversa. Deve ser de outro mundo a experiência de estar, frente a frente, durante os 7 minutos que idealizo em silêncio a olhar nos teus olhos e ser olhado nos meus.
Olhares. Olhos nos olhos. Olhares trocados. Troca de olhares. Relançes esporádicos agendados aleatoriamente, de troca de olhares entre duas almas. Prazer da vida, quando no espaço temporal e físico os olhos certos se encontram. Preferia alguns minutos em silêncio, olhos nos olhos, que uma simples conversa. Deve ser de outro mundo a experiência de estar, frente a frente, durante os 7 minutos que idealizo em silêncio a olhar nos teus olhos e ser olhado nos meus.
Observo, apenas visualizo, limito-me a verificar que se encontra no mesmo sítio com a mesma vontade, sem pensar em mais alguma coisa e a pensar no mesmo que eu.
"São minhas as palavras tuas que abdicas por querer estar e são tuas as esperanças de um olhar que anseias poder alcançar.
O regresso.
Não sei se já sabem, mas o Pandoro tem duas pátrias, duas nacionalidades: Portuguesa e da grande potência que é o estado soberano de Alverca do Ribatejo. O Pandoro serviu a sociedade como indivíduo de colete amarelo (que zela pela segurança dos jogos) no grande clássico entre o Alverca e o Campomaiorense, quando o Mantorras ainda tinha o joelho feito em dois. O Pandoro teve de fazer inclusive um juramento com a mão direita sobre uma bola amarela da Mikasa, jurando assim não tirar partido em prol da sua pátria querida, Alverca.
Nesse jogo a vida de Pandoro mudou. Bakero (ex-jogador do Campomaiorense) rematou uma bola, com uma força descomunal, e inexplicavelmente acertou num indivíduo de amarelo. E quem foi? Claro que não foi o Pandoro (demasiado óbvio), foi um colega que estava lado do Pandoro. Após o sucedido, o Pandoro ao tentar ajudar o colega tropeçou num caniche. Dito e feito. Acertou com o olho no vértice mais bicudo de um banco do estádio. Desde esse dia que o Pandoro vê torto.
Encontrei o Pandoro, dois dias depois, com um olho do avesso.
Encontrei o Pandoro, dois dias depois, com um olho do avesso.
Disse-me ele, calmo e sereno, com uma sensatez que envolveu tudo o que nos rodeava num raio que só o próprio sentido ou oportunidade explicariam - "Tens pastilhas?" - e eu - "Sim! Toma.".
Depois de abertas as conversações, perguntei-lhe - "Como está o teu olho?" - ele responde - "Já vi dias melhores!". Pensei que estava a eufemizar a situação mas não esboçou nenhuma sensação perceptível.
"Até amanhã, Pandoro!"
Até quando o tempo me deixar!
2 Comments:
tens dom puto.
Joao Melo
um regresso em grande!
beijinho *
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