tu escolhes

quinta-feira, março 19, 2009

Adrian! Adrian!


Parece mentira, mas começou inesperadamente o ciclo atormentador que sombreava a única entrada possível e passível de o ser. Ainda não é o momento certo para iniciar a ascensão do desenvolvimento já anunciado. Esta compulsividade que tenho, às vezes faz-me duvidar do final que me espera.
"Este é o momento em que me liberto do resto que me domina, e permito à minha inteligência dar prioridade à ausência de vazio que me limitou!".
Ainda falta a 2ª parte. Cumplicidade.
Cumplicidade é verdade quando simplesmente se escreve com o movimento dos dedos. Cumplicidade é quando tenho uma ideia e tu já a estás a por em prática. Cúmplice sou eu, quando cometo os erros que não queremos ouvir. Sou cúmplice dos meus erros e sou cúmplice das minhas vitórias.
O que define o bom, é o mau. A ligação entre eles é o exemplo de cumplicidade mais notória que o destino e a coincidência conhecem. Será preciso cumplicidade para unir, para ligar o que não vai ficar ligado, nem unido? Sou cúmplice das minhas teorias e rabiscos e sou cúmplice das minhas conclusões. Esta palavra que procuro existir no lugar que olho, peca por não existir.
Alonguei-me demasiado. Sou cúmplice, sou culpado.
Foi num dia de Verão. 15:00 Horas. O Sol já apertava. A sensação no ar que sugere a qualquer um, as férias excomungadas que transpiram por aparecer. Eu e o Pandoro, na baixa. Os dois de óculos de sol, t-shirt e calções.
O Pandoro cantava baixinho - "Rising up, back on the street ... It´s the eeeeeye ... of the tiger!" - e eu parei, olhei e concluí - que personagem. Quando no momento exacto ao anterior que pretendia exprimir, ao passarmos por uma loja da Bershka, o alarme começa a tocar e por nós passam três rufias mascarados de Pandoros!?! O segurança da loja sai a correr, mas os malandros já se tinham escapulido.
E assim aparece o novo livro de suspense: "Uma aventura na esquadra da Lourinhã". Com personagem principal o Pandoro, e eu o narrador activo!
Sala branca. Mesa preta. Pandoro frente-a-frente com o Moita Flores!
"Você é cúmplice?" - pergunta o Moita - "Não sei do que fala! Só sou cúmplice de cantarolar a música do Rocky!" - argumenta o Pandoro - "Foi você que assaltou a Bershka?" - "Não! Acho eu!". O Moita faz uma pausa, limpa as lentes dos óculos na parte inferior da camisa havaiana, volta a colocá-los na fronha e finaliza - "Onde está a Maddie?" - o Pandoro inspira profundamente, e pensando que demonstrava uma pose pensativa a lembrar o velho Sherlock Holmes, remata - "Não sei, meu caro Moita! Não sou cúmplice!"
Tam, tam, tam, taaaaaaaaaammmmmmmmm!
Até quando o tempo me deixar!