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segunda-feira, dezembro 05, 2005

Queijo ou Fiambre? Deveras difícil...


Uma das dúvidas mais persistentes existenciais é a utilização ou não da verdade. Quando se quer pôr tudo em pratos limpos, pede-se a verdade, mas depois de saber a verdade questiona-se a necessidade de a saber. Vamos analisar o indivíduo que diz a verdade e o indivíduo que quer saber.
Para o indivíduo que quer saber, apenas deseja saber o porquê, como, quando e o quê. Porque sente que está a ser traído de certa forma. Para o indivíduo que diz, tem de ter cuidado extra para saber se pode ou não dizer o que sabe. Mas partindo do princípio que se comprometeu numa relação com outra pessoa, tem o dever de dizer.
Neste momento sinto que estou num jogo perigoso e aliciante, porque se falo a verdade, vai doer, porque sei. Se nao conto adio o inevitável. A verdade doí pelo que sei, mas a mentira doí mais.
A velocidade, a rotina, o dia-a-dia só estragam o que é o prazer de viver. Corajoso e excitante é ultrapassar momentos em que só apetece desaparecer, é lutar contra a raiva e derrubá-la com as próprias mãos, ( e o melhor para o fim) é saborear a vitória sobre a adversidade. O facto de trabalharmos para o futuro, é o espelho do mundo monopolizado pelo dinheiro. E a verdade não combina com o dinheiro. Ou se tem um ou se tem ou o outro. E talvez este facto nos proíba de viver no verdadeiro sentido da palavra.
Quis a vida e eu, que conhece-se um rapaz proveniente do distrito da Pandória, o Pandoro. E há 2 dias, não, 3 dias, perguntei-lhe o porquê de apenas pisar a riscas brancas da passadeira, quando atravessa qualquer estrada. E ele respondeu-me em pergunta - "Queres mesmo saber?" - e eu - "Não, deixa estar." - e ele - "Então ouve bem." - e eu - "Então diz lá!" - e ele - "Hã, deixa estar. Também era estúpido." -e eu - "Ok!". Isto representado numa função z(t), em que t representa os dias depois de lhe ter perguntado. Hoje de manhã às 5:21:38, recebo uma chamada do Hospital da Amadora, com uma senhora a dizer-me que um tal de Pandoro tinha sido atropeldao no pé esquerdo enquanto saltava numa passadeira em que estva a brincar. Eu perguntei se estava tudo bem e o porquê de me telefonarem a mim e não a um familiar do Pandoro. A senhora respondeu-me - "Ele só me disse o nome póprio e gritou "Telefone para o gajo, rápido" e eu presumi que era o senhor." - e eu -"Ha! Ok, já estava a estranhar!". Então passadas duas horas o Pandroro resolveu contar-me a verdade. Disse-me assim - "Queres saber a verdade?" - e eu - "Tá bem" - e ele- "Eu sou como um cão!"- e eu - "Sim, e daí?" - e ele - "Só vejo a presto e branco!" - esntão aí fiquei estupfacto e em loucura interior, e ele diz-me ainda - "Quando vejo a cor branca, excito-me!" - Eu não precisava de saber aquilo. Desde que sei isso, preferia não saber nada.
Peço desculpa ao Pandoro por não lhe dar o devido valor.
A verdade é uma arma muito forte homozigótica dominante que se manifesta em todos os seres pensantes. Infelizmente ou felizmente, esclarece tudo.
Até quando o tempo me deixar!