tu escolhes

domingo, abril 30, 2006

Post premeditado: Assassinos em série !


"Com uma faca de dois gumes e poder sem excedente, tem na mão a escolha, a decisão, se resolve ser altruísta ou se quer, sem escolher, ser um tira-sensações. Coloca-a ao nível da vida, e hesita com excesso de solidão. Não sabe o que faz nem sabe se já o fez, e como criança com gelado, abusa do seu poder caprichoso..."
Quis o desenrolar da sociedade e dos tempos modernos que certas pessoas desenquadradas deste mundo ou mesmo de si próprias, se encontrem num estado de ilusão assassina.
Nirvana: "Serenidade perpétua", assim diz nos dicionários. Patamar da vida em que se encontra um nível de desprezo pelas coisas insignificantes ou mesmo uma avaliação singular e triunfal das coisas mais simples. Agora uma questão pertinente! Será melhor alcançar o nirvana, e entrar num estado de felicidade razoável constante ou sentir a vida como ela é, altos e baixos, felicidade extrema e tristeza profunda, vida e morte, força e dor?
Se uns procuram a resposta à pergunta de forma relaxada, outros encontram caminhos dúbios. Uns desses que encontram formas alternativas de encontrar a resposta, são os assassinos em série!
Matam porque precisam de se alimentar psicologicamente de alguma coisa que exceda o normal, inventam jogos e violam ideias previamente estabelecidas... Há de tudo neste mundo!
"oLÉ, oLÉ, oLÉ, Ninguém para o Pandoro olé! Olé, olé, olé, ninguém para o Pandoro olé...!" - "Amo-te Pandoro! Casa-te comigo!" - "És todo bom, ai se eu te apanho!" - "Eu sei que sou bom, eu sei." - responde o Pandoro aos seus incansáveis fãs...
3 MESES ANTES.
Eu e o Pandoro tinhamos acabado de vir de uma concentração de sócios do "Barcelos team sport", em que a dicussão era a realização da OPA ao Real Madrid! O Pandoro chega a casa e e dá-me a entender que chegou a um ponto de saturação de vida quotidiana. Com certeza inigualável diz-me sensatamente: "Digo-te, no estado que estou só me restam duas opções: a tentativa de alcançe do nirvana ou um trbalho na câmara municipal de Alcabideche!" - Como é óbvio já as eleições de Alcabideche tinham ocorrido e então o Pandoro resolve investir na sua caminhada em direcção ao Niravana.
Sai de casa sem avisar ninguém nem mesmo o seu amigo de longa data, eu! Vende a sua playstation 2 e a seu mini de 69 que iria herdar após tirar a carta, e compra um bilhete de avião rumo ao fabuloso país, o Nepal. Passado um mês e meio, já a TVI tinha feito uma reportagem de um rapaz de Alverca, zona industial, que tinha rapado o cabelo e os pelos do peito. Contava a reportagem que esse tal de Pandoro, escondera-se no mato, perto de um carvalho ancestral com cerca de 1165 anos, e permanecera aí em profunda meditação. Em torno dele começam a vir nepalenses a adorar o seu novo deus. Todos os canais noticiosos, abrem as emissões com mais um dia de meditação de "Pandoro, o sem nome". Sites dedicados ao Pandoro, t-shirts com a sua cara vendem mais que a Zara, ténnis da nike edição limitada Pandoro.
Passam três meses desde a partida. Numa emissão em directo, a CNN filmava os perfis do Pandoro. Barba com uns mostruosos 0.15 cm, cabelo inexplicavelmente rapado, o Pandoro abre os olhos e o mundo entra em pânico como se um português tivesse alcançado a Lua. O Pandoro levanta-se e susurra como uma flor na primavera: "A Decathlon fecha a que horas?" - "Às 22:30" - responde o repórter português - "Que horas são?" - pergunta de novo o Pandoro - "12:30, porquê?" - "Alguém me dá boleia para lá?" - " E uma voz vinda do fundo fala -" Eu levo-te no meu jacto!" - "Muito obrigado Senhor Abrahamovic" - agradece o Pandoro.
Chegados ao aeroporto da Portela, o Pandoro começa a correr que nem desalmado em direcção à Decathlon, e os seus fãs atrás dele a gritarem -
"oLÉ, oLÉ, oLÉ, Ninguém para o Pandoro olé! E ninguém para o Pandoro, ninguém para o Pandoro...!" - "Amo-te Pandoro! Casa-te comigo!" - "És todo bom, ai se eu te apanho!" - "Eu sei que sou bom, eu sei." - responde o Pandoro aos seus incansáveis fãs...
Mais tarde os tablóides publicam um artigo online em que diz que o Pandoro chumbou a Religião Moral no 8º ano.A partir daí toda a gente deixa de adimirar aquele belo espécimen. O Pandoro chega a casa transtornado e adormece a ver a Floribela. Assim acaba umas das histórias mais belas de adormecer.
Coitado do meu companheiro das jornadas mais difíceis, quanto eu acredito nele.
Até quando o tempo me deixar!