
Aquele gesto que continuamente vem ao de cima já foi falado demasiadas vezes. Sinto um final/começo de um capítulo inevitável com dúvidas e respostas a curto-prazo a palpitarem como se estivessem condenadas à existência. Digo-te isto e só te digo mais se me pedires. É necessário mudar de postura em alguns aspectos para que resultados e apenas resultados se emancipem neste
corredor estilizado por S.
Dalí. Parvo. Talvez. Às vezes tem que ser assim. Saramago.
Repetiu-se por momentos, o autor que se liberta da liberdade e se põe à mercê das correntes que o atormentam. Alterações têm de ser feitas. Não sei se basta, mas talvez baste um verde, um no braço, um do tempo, um do sentimento,um amachucado sinal. Aquilo que o corpo quer dizer, uma mensagem interior altera as variáveis e por sua vez a reposta ao sinal. Parece um sinal.
É mau pensar assim? É normal? Deve
permanecer? Continuar a ser "explorado" ?
Aguardo sinais. Já agora sinais com legendas a negrito e alarme de aproximadamente alguns entendimentos antes.
Continuando no mesmo assunto...
Entramos na loja, concebemos um olhar de
relance e reconhecimento, em que vemos prateleiras do
Ikea que envolvem o espaço contundente, e identificamos tal e qual como
Alex Murphy, os seres que nos
rodeiam. Damos cerca de 4, 5 passos
bebé até alcançarmos finalmente uma zona que nos permita estabelecer contacto verbal directo, abaixo dos níveis de pressão sonora equivalente, com o nosso fornecedor.
Com voz rouca e maltratada da última noite, ele pergunta ao fornecedor - "Tens duas doses que me arranjes rapidamente? Tenho alguém que precisa, e já está a rodopiar às voltas como numa roda de plástico!" - responde o fornecedor - "Tenho pois claro! Já não vinhas cá
à algum tempo! Não o tens deixado morrer sem satisfazer as necessidades?" - "Não, não! Arranja-me lá duas rações de comida, que o meu rato de estimação
namíbio, anda com a dieta desregulada, e a única coisa que come é queijo. E quando lhe dou um pedaço de
queijo, põe-o na boca e faz
Hihihihi!" -
diz o
Pandoro ao Sr. Acácio da loja dos animais
I pet on you. E eu murmuro - "Faz-me lembrar alguém!". Eu lembro ao
Pandoro para se despachar, pois o rato que faz
Hihihihi não vai fazer
Hihihihi durante
muito mais tempo.
"Então e o rato tem quantos anos? Qual é a raça?" - pergunta o Sr. Acácio -" Cerca de 0,0383562 anos, ou seja, 1209600 segundos. Ah, e é uma mistura entre um
periquito sadino e o
chihuahua de Torres Novas." - "Mas não o comprou aqui, pois não?" - "Não. Cheguei um dia a casa e encontrei um rato com uma
bimbi na mão, isto na cozinha, a cozinhar um crepe chinês, e fiquei com ele!" - "E como se chama?" - "Pensei em chamá-lo de
Mickey,
Ratatouille,
Splinter,
Shin Chen ou Jardim Gonçalves,mas acabou por ficar
צוחקת כמו עכבר עם חתיכת גבינה בפה Hihihi.".
Disse ao
Pandoro para parar de perder tempo e pegar nas duas doses. Fomos de metro para casa de férias do
Pandoro, na estação do Rato. Acabou mais cedo a história. Interromperam-me.
Foi a libertina ausência de ideias para acabar a história em grande. Sem ressentimentos. Pode ser um sinal, talvez.
Até quando o tempo me deixar!