tu escolhes

terça-feira, setembro 14, 2010

Mundo diz que 1


Estas fracções de sinceridade
surgem quando ambos procuramos
tudo o que necessitamos naquela altura
outra e outra vez, mas de vez em quando
umas e outras vezes, parece que desenquadramos.
Assim como quem não quer a coisa
passam dias sem entender e outros tantos
ando perdido e tu não sei, talvez
isso me magoe, tudo me magoa, num
xeque que não mate mas
obriga-me a parar e duvidar
naquilo em que mais me afecta e
antes disto, era um mundo
diferente e a tua existência
ocupava normalmente o seu espaço mas
agora estou confuso com sinais
contraditórios que me baralham
e consomem e fornecem
isto onde estou, onde me encontro
trauteando um cantar apaixonado
a ver se a situação me aceita.

terça-feira, julho 20, 2010

Triagem em L

Então me encontro aqui sentado
Na companhia da solidão
Ostracizado pelas dúvidas
Rastreando tudo o que palpite
Mais rápido que o coração
Assim remoendo o ludibriar
Lento pensamento que é normal

Por talvez querer satirizar
O momento, revela que estou apreensivo
Revela que sinto a sombra ofuscante
Questionando em forma de peso
Untado de espinhos criados de sonho.
Então que fazer, então que
Prometer a este moribundo acompanhado
O moribundo que delira por respostas
Respostas claras e rápidas como
Que respondessem a tudo o que
Ultrapassa a condição humana
E eu pergunto porquê? Porquê?

Amena a voz que só quer falar
Chama por alguém que parece ser
Hoje, ontem, amanhã e agora
O templo de atrofios equilibrados
Quebrados pelo puzzle de sentimentos
Universais mas codificados em
Estranheza e frustração caiada por
Todos os que rodeiam, concluindo que
Eu sei o que quero em última instância
Querubim abalroado por pontos pontuais
Unidos por uma linha de problemas
Existenciais e ajustados pelo poder
Redondo e quadrado a meu ver
Ou então, simplesmente, acho que te quero.

segunda-feira, julho 19, 2010

Leave me out with the waste this is not what i'd do!


Aquele gesto que continuamente vem ao de cima já foi falado demasiadas vezes. Sinto um final/começo de um capítulo inevitável com dúvidas e respostas a curto-prazo a palpitarem como se estivessem condenadas à existência. Digo-te isto e só te digo mais se me pedires. É necessário mudar de postura em alguns aspectos para que resultados e apenas resultados se emancipem neste corredor estilizado por S. Dalí. Parvo. Talvez. Às vezes tem que ser assim. Saramago.
Repetiu-se por momentos, o autor que se liberta da liberdade e se põe à mercê das correntes que o atormentam. Alterações têm de ser feitas. Não sei se basta, mas talvez baste um verde, um no braço, um do tempo, um do sentimento,um amachucado sinal. Aquilo que o corpo quer dizer, uma mensagem interior altera as variáveis e por sua vez a reposta ao sinal. Parece um sinal.
É mau pensar assim? É normal? Deve permanecer? Continuar a ser "explorado" ? Aguardo sinais. Já agora sinais com legendas a negrito e alarme de aproximadamente alguns entendimentos antes.
Continuando no mesmo assunto...
Entramos na loja, concebemos um olhar de relance e reconhecimento, em que vemos prateleiras do Ikea que envolvem o espaço contundente, e identificamos tal e qual como Alex Murphy, os seres que nos rodeiam. Damos cerca de 4, 5 passos bebé até alcançarmos finalmente uma zona que nos permita estabelecer contacto verbal directo, abaixo dos níveis de pressão sonora equivalente, com o nosso fornecedor.
Com voz rouca e maltratada da última noite, ele pergunta ao fornecedor - "Tens duas doses que me arranjes rapidamente? Tenho alguém que precisa, e já está a rodopiar às voltas como numa roda de plástico!" - responde o fornecedor - "Tenho pois claro! Já não vinhas cá à algum tempo! Não o tens deixado morrer sem satisfazer as necessidades?" - "Não, não! Arranja-me lá duas rações de comida, que o meu rato de estimação namíbio, anda com a dieta desregulada, e a única coisa que come é queijo. E quando lhe dou um pedaço de queijo, põe-o na boca e faz Hihihihi!" - diz o Pandoro ao Sr. Acácio da loja dos animais I pet on you. E eu murmuro - "Faz-me lembrar alguém!". Eu lembro ao Pandoro para se despachar, pois o rato que faz Hihihihi não vai fazer Hihihihi durante muito mais tempo.
"Então e o rato tem quantos anos? Qual é a raça?" - pergunta o Sr. Acácio -" Cerca de 0,0383562 anos, ou seja, 1209600 segundos. Ah, e é uma mistura entre um periquito sadino e o chihuahua de Torres Novas." - "Mas não o comprou aqui, pois não?" - "Não. Cheguei um dia a casa e encontrei um rato com uma bimbi na mão, isto na cozinha, a cozinhar um crepe chinês, e fiquei com ele!" - "E como se chama?" - "Pensei em chamá-lo de Mickey, Ratatouille, Splinter, Shin Chen ou Jardim Gonçalves,mas acabou por ficar צוחקת כמו עכבר עם חתיכת גבינה בפה Hihihi.".
Disse ao Pandoro para parar de perder tempo e pegar nas duas doses. Fomos de metro para casa de férias do Pandoro, na estação do Rato. Acabou mais cedo a história. Interromperam-me. Foi a libertina ausência de ideias para acabar a história em grande. Sem ressentimentos. Pode ser um sinal, talvez.
Até quando o tempo me deixar!

segunda-feira, abril 05, 2010

Um tanque como prémio!


Esta prova começou quando ainda estava para vir, e
a estratégia de avanço que denoto nem sempre aconteceu
deixando-me na dúvida se o que queres é meu, se é isso que queres.
Não posso continuar a cometer os mesmo erros
que a tinta vai borrando, e a pintura vai-se estragando.
É falso quando minto com verdade exibida em todos os cartazes
na tua cidade que é só tua, e não me deixas simplesmente.
Deixa-me explicar, deixa-me tentar,
porque não posso participar, nessa aventura
criada para estar em exibição, não
como um filme de ficção, numa
obra de uma réstia de arte
que anda por aí à espera de ser denegrida e explorada
sem ser posta de parte.
Permite-me!

domingo, abril 04, 2010

Estúpido, ou talvez não.


"Sim! Quem fala? Não! Deve ser engano!" - Desliguei, mas deixei sempre a linha aberta. Fui tropeçando e inconclusivamente e aparentemente parece que este suposto conforto e aquele sabido prazer, foi-se, destoando daquilo que deveras nunca foi. Continuo sempre a olhar para trás.
A vida funciona como uma prova de atletismo, em que e necessário decidir, não, digo desvendar se somos atletas de fundo ou de velocidade. Talvez seja feito de esforço imediato quando me encontro a participar numa prova de longa duração, repartida em pequenas jornadas épicas. Ou então, compito a um ritmo constante quando a meta já foi ultrapassada, e o resultado não permite a respescagem. Reparei agora que curiosamente já tinha um registo oculto pelo pó, pelo passar do tempo. Engraçado como esta marca passa das marcas e se revela durante este deserto de emoções. Eventualmente esta figura que desdenho já existe. Olha que bom. "O reflexo do que já foi, apenas se apresenta demente quando a exactidão do saber, permite-me amplificar e ajuizar isto." Não sei.
Já existem 327,75 redes sociais e pessoais e só de meia pessoa neste mundo, e mais umas quantas na Internet, ou seja, entre as net's, em todos os formatos. Confusão. Em vez de criarem ligações reais como objectivo de existência, só permitem criar ligações fictícias.
O facebook (livro das caras),o Hi5 (Olá cinco), o myspace (meu espaço), o youtube (tu envias) e estamos de regresso de Alverca, a repousar em S. Martinho do Porto, eu e o Pandoro com um notebook (Bloco de notas), e o Pandoro escreve no seu blog - "Olá! No meu espaço tu envias 5 livros de caras" - (em inglês: Hi! In myspace youtube 5 facebook's!). Eu depois de ler esta entrada negligenciada pela intelEgência, apenas deponho - "Isso é estúpido! Ninguém vai ler isto num blog!" - (apenas as pessoas que vão ler o tuescolhes) - ele responde,depois de inspirar rapidamente - "É falso! Tenho de criar uma rede social ou algo semelhante! Estilo myface, bookspace, 5you, hitube, not so hot hotmail ou mesmo regular mail, ou ainda estaredesocialédiferentedasoutrasacreditanãotemfarmville.com! Tenho montes de ideias originais a fervilhar! Dá-me um sedativo, rápido!".
Logo após este depoimento, chega o lusco-fusco em S. Martinho e sem ter tempo de apreciar acontece o pôr-do-sol, muito bom por sinal. E eu digo ao Pandoro com sensatez e serenidade na voz que emano -"Tem calma! Deixa-te de redes sociais. A melhor rede que podes fazer é real, com as pessoas, sem computadores e Internet!"- ele faz um compasso de espera e retorque - "Cala-te man!" - Calei-me.
Até quando o tempo me deixar!

quarta-feira, março 31, 2010

Um dia antes do suposto dia!


A presença ausente daquilo que o corpo procura é algo fortuita, pois permite que seja conseguido através da existência e expressividade de um bem mal amado mas essencial ontem, hoje e por pouco tempo, amanhã. É engraçado a vertente que se tornou, quando realmente quero falar do que penso e não do que o dia diz. Frequentemente procuro na grandeza de algo que orgulhosamente e agradecidamente, cimenta e explica o que é necessário. Variando para a repetida vertente, que mostra a ambiguidade, o medo, a falta de coragem, de arriscar em algo que não tem quase nada a perder, e tu sabes, leva-me a questionar o ruído gerado por toda esta opinião silenciosa. A falta de coragem assombra-me porque a coragem de dizer a verdade esta a ser conquistada a conta-gotas. Porque a dificuldade de expressar o momento criado espontaneamente, num ínfimo curto espaço de tempo, que se mantém até à persistência da ilusão que pré-define o que pode vir a ser. Falta de coragem. Falta coragem. Falta de novo. Falta. Coragem. "Falta-te coragem Pandoro! Para te poderes revoltar!"
Há 10 dias atrás, mais precisamente as 23:00, o Pandoro tornou-se militante de uma ONG (Organização Neutra de Gorgulhos). O Pandoro faz criação de gorgulhos, porque acredita que nós descendemos deste coleóptero que ataca os cereais (Fonte Priberam). Perguntei-lhe porque não um clube de natação, ou o partido "Os Verdes", e ele disse-me - "Não tenho coragem para expor o meu corpanzil dessa forma, nem coragem para dizer publicamente que partilho de algumas ideias relativamente à matéria de escavar buracos com o Santana Lopes. Apenas sei que a nossa ONG tem de continuar a lutar, e fazer uma parceria com os gorgulhos para eles não destruírem um dos bens mais preciosos que temos neste mundo, o CHOCAPIC!" - e eu -" Hã?!?" - e ele - "Forte em chocolate!"
Até quando o tempo me deixar!

segunda-feira, abril 06, 2009

Mudasti!


Já não é necessário continuar/repetir com a mesma conclusão/elação. Não saber o que se quer não é o problema. Saber o que não se quer é a resposta.
A linearidade, a perpendicularidade, o paralelismo e a constante repetição preocupa-me em demasia.
“E o vento bate durante a noite, baixinho, no aglomerado de janelas, tentando entrar para fazer sentir a sua presença.”
Regressei ao passado e concluí que em certos momentos não seriam aquelas acções que presentemente se deveriam ter tomado. Concluí que são aquelas acções que deviam e foram escolhidas. O passado é a questão a analisar. Se o ignoramos não aprendemos com os erros. Se o lembramos, vivemos no passado e pensamos no que poderia ter sido. Vagueia-se no que poderia ter sido, no que foi, no que se pensou ser, sabendo de antemão que já não se pode alterar, apenas divagar.
O passado não é um trabalho que precise ser corrigido, é um trabalho que nunca tem conotação negativa. O importante não é estar com um passo atrás, é estar com um passo ligeiramente à frente.
Tirando propósitos, o futuro presentemente é que interessa, por isso se deve escolher as acções com inteligência e respeito!
Loading…………Este processo será actualizado dentro de momentos. Por favor não desligue.
O Pandoro está a chamar-me à atenção, dizendo-me que é agora, nesta altura, que ele costuma entrar. É verdade!
Uma vez, o Pandoro perguntou-me porque nunca contei uma história ou vivência dele em que ele saísse bem visto. “Contas sempre as histórias engraçadas passadas à não sei quantas idades, em que eu sou sempre lixado e/ou mal visto!” – diz o Pandoro revoltado. “Concordo contigo Pandoro! Vou tentar alterar o reportório já exibido, quando tiver a oportunidade!”. E aí vem um acontecimento relembrado por mim agora.
Íamos a caminho do quiosque, para comprar o novo sucesso do Planeta D’Agostini, o 1º fascículo da bíblia “Escreva você mesmo, o novo e o velho testamento!”. O Pandoro estava entusiasmado para comprar esta maravilha. Estávamos mesmo a chegar ao quiosque, quando do nada aconteceu o nada e continuamos a andar. E logo depois de tentar perceber o que foi escrito, na nossa direcção, vinha uma senhora idosa de idade antiga que não lembra ao tempo a idade esquecida, que ao passar por nós, tropeça, e na iminência da queda, no lusco-fusco do espalhanço, na ascensão negativa da aproximação do chão, o Pandoro segura a senhora pelo braço e impede a queda da dita cuja, mas não impede o estalar de osso quebradiços do frágil bracinho da fêmea idosa.
“Lembrei-me agora!” – diz o Pandoro – “Se a deixa-se cair, teria partido mais ossos, tipo o coxis ou o sacro, ou ainda estaria para as curvas sem o braço estilhaçado? Não a deveria ter agarrado? Não, foi melhor assim! Se eu soubesse como seria se não fosse como foi!”
O seu programa foi actualizado com sucesso. Concluir e executar programa.
Até quando o tempo me deixar!