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terça-feira, julho 20, 2010

Triagem em L

Então me encontro aqui sentado
Na companhia da solidão
Ostracizado pelas dúvidas
Rastreando tudo o que palpite
Mais rápido que o coração
Assim remoendo o ludibriar
Lento pensamento que é normal

Por talvez querer satirizar
O momento, revela que estou apreensivo
Revela que sinto a sombra ofuscante
Questionando em forma de peso
Untado de espinhos criados de sonho.
Então que fazer, então que
Prometer a este moribundo acompanhado
O moribundo que delira por respostas
Respostas claras e rápidas como
Que respondessem a tudo o que
Ultrapassa a condição humana
E eu pergunto porquê? Porquê?

Amena a voz que só quer falar
Chama por alguém que parece ser
Hoje, ontem, amanhã e agora
O templo de atrofios equilibrados
Quebrados pelo puzzle de sentimentos
Universais mas codificados em
Estranheza e frustração caiada por
Todos os que rodeiam, concluindo que
Eu sei o que quero em última instância
Querubim abalroado por pontos pontuais
Unidos por uma linha de problemas
Existenciais e ajustados pelo poder
Redondo e quadrado a meu ver
Ou então, simplesmente, acho que te quero.