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terça-feira, agosto 09, 2005

Incertezas



Talvez por ser como sou
aconteceu o que se esperava.
Talvez por ser diferente
aprendi.
O que a fechadura de um desfecho vive,
intriga-me e assombra-me.
O que é suposto fazer não encontro em manuais,
talvez tenha de encontrar novos caminhos,
talvez assim siga o caminho que desenho.
Suspiro por algo,
sentimento profundo que alimenta a incapacidade.
Observo, indentifico, associo e intensifico!
Será que a dúvida está certa?
Será que faz parte da própria questão?
Talvez por me questionar vou compreendendo,
vou aceitando o que não se controla.
Pelo menos sei que nem tudo é inerte.
Tenho algumas portas abertas mas não quero.
Talvez a resposta esteja improvavelmente no local mais esperado.
Talvez seja isto que tenho de passar.
Talvez me tenha enganado!
Mas tenho a certeza disto:
Fiz algo que já tinha planeado em memória,
talvez bem talvez não tão bem.
Talvez mais tarde venha a saber a resposta.
Ou talvez não.

Artista


O verdadeiro artista, artista de arte e não de reportório falso, não é defenido pelo o que lhe mandam fazer, esse artista falso é pau mandado que faz tudo quase perfeito.Dizem-lhe para coçar a bariga e ele coça-a duas vezes e com as duas mãos e ainda faz um relatório falatório do que se sucedeu na sua imaculada vida. Pelo contrário o verdadeiro artista não é quase perfeito, é imperfeito, porque o verdadeiro artista não se mostra pelas suas qualidades banais que são estabelecidas na sociedade mas sim e com os seus defeitos acentuados, denotados pelo contrastedo artista falso. O artista não se enquadra no seu tempo de vida durante a sua existência porque é incompreendido (e se for pelo contrário compreendido é porque se enganaram a seu respeito) porque está fora de tempo saber mais qualquer coisa que os outros, tem esse defeito necessário que o leva à infelicidade obrigatória que o caracteriza.
Detesto aqueles que fazem tudo melhor que os outros, que têm a capacidade negativa de obedecer perfeitamente de mostrar que sabem fazer mais e rápido, e por isso são mais que os demais. Mas a arte não é escolhida pelos bezerros. A arte é que escolhe os seus representantes, os seus visionários, os seus pupilos. A arte é obra defeituosa que só está ao alcançe de poucos; a arte é vida, é morte, é frio, é quente, é morna e demente. A arte é o bater do coração do verdadeiro artista.