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domingo, janeiro 21, 2007

Questões da sociedade!


Recomeço com um novo começo, tentando esclarecer dúvidas retóricas que me assombram. Sim, assombram porque aparecem de vez em quando.
À uns dias atrás apareceu um nevoeiro matinal muito forte que encobriu a capital e arredores, e sinceramente ocorreu-me a ideia de que São Sebastião finalmente estava para a aparecer e salvar este país de crise económica, empresarial e de inferioridade inexistente que existe.
Ólho de relance para a televisão e constacto que cada vez menos somos donos de nós próprios, e o que é nosso, só é nosso quando o criamos.
Sempre disse que Portugal podia ser um país melhor que a Suíça. Temos sol, mar, paraias, vento, chuva, alguma neve e história. Mas Potugal não avança, nem retrocede. As grandes dúvidas de Portugal são: Vamos conseguir superar o défice? Um governo que serve o país é uma utopia?O Benfica será mais alguma vez campeão europeu? O Pinto da Costa pode ser preso? O Mantorras é quarentão e filho do Eusébio?
Fui com o Pandoro ver a 7ª Etapa do Euromilhões Lisboa-Dakar, que ligava a terras perdidas da Mauritânea com as terras ao lado da Mauritânea! Como bons portugueses estereotipados, levamos panados de peru, groselha, batatas a murro e arroz doce para o almoço! Encontrámos uns brothers africanos, assentámos e começámos a jogar à sueca enquanto os particapantes do Dakar passavam.
Após várias tentativas de comunicação com os nativos, o Pandoro decide parar de jogar e levanta-se cambaleando -"Estou com uma dor de cabeça que não posso"- e eu - "Mas doí em que zona da cabeça?"- e diz ele -"Epá, em todo lado! Sabes aquelas dores periódicas que te contei?"- eu respondo -"Sei!"- "São essas! Tens aí algum Ben-u-ron? Pergunta aí se eles têm."- eu viro para os nativos e digo " Ben-u-ron!", e eles riem-se, e rapidamente gritam mantorras (mantorras=mão queimada)! Tinham-se queimado na lamparina, porque nunca tinham visto fogo, e desataram a correr para o infinito.
O Pandoro começa a delirar e a rebolar na areia, e eu começo a sentir que vem um ataque de pânico típico do Pandoro. Quando de repente avisto umas luzes (isto já de noite) no topo de uma duna, contei doze luzes! Pensei que fosse os Reis Magos atrasados para o dia de Reis, mas não. Era um camião da marca MAN . . . e dizia Trifene 200.
Era a nossa conterrânea, lá de Alverca ( a certa altura traidora, porque mudou de habitação, para Algés), Elisabete Jacinto. Estão a imaginar o resto de história. A Elisabete deu dois trifenes ao Pandoro, e apanhámos boleia para Dakar.
Enfim alimentei a escrita, expus ideias e contei histórias de vida.
Até quando o tempo me deixar!