tu escolhes

segunda-feira, outubro 24, 2005

Estados de Espírito!


No tempo de vida que vivi -em que só tomei consciência disso há pouco tempo- existem estados de espírito. Estados de espírito. São cinco ao todo!1º-só apetece desaparecer. 2º-tudo corre normalmente mas existe uma coisa importante que está a correr mal. 3º-não acontece nada de especial e o tempo apenas passa sem nos apercebemos.4º-O último é aquele em que a moral está em alta e tudo corre bem mesmo sem dedicação. O estado de espírito fecha o círculo estrelado. Este estado não tem predefinição, adapta-se e muda consoante a pessoa, portanto vocês lá devem saber como é. Obviamente o estado que toda a gente quer viver é o 4º , mas para poder viver esse é necessário passar palos outros todos por ordem. Apenas o tal, o 5º, é que aparece apenas quando quer.
O que mais ambicionamos na vida é ter uma casa, um bom carro, ganhar muito dinheiro, fazer o que queremos e por fim ter alguém com quem amar (não necessariamente por esta ordem). Talvez um do problemas da vida de todos -e que se enquadra no estado de espírito em que nao acontece nada- seja viver para o futuro! "Carpe Diem". Se viverem, sentirem e apreciarem o momento presente, de certeza que o futuro não será preocupação. Mas é difícil pôr isso em prática, visto que seria perfeito, logo impossível, dado que o homem está destinado e limitado a perseguir a perfeição. Por isso tem de existir meio-termo. Aproveitar os melhores momentos, transformar os momentos mortos em tempo ganho e continuar a pensar no futuro.
Conheço um mancebo, já devem ter ouvido falar dele, o Pandoro (quem mais havia de ser)! Sinceramente acho que o Pandoro só tem um estado de espírito (3º) e de certeza que não se preocupa com o seu futuro, porque acha que está destinado a algo grande sem no entanto fazer nada de especial. Lembro-me de um momento difícl da minha vida, tinha cerca de 8 anos e um menino da minha sala, de nome Frutuoso do Santos Ungido robou-me um carro daqueles 5x2 cm igual ao "Kit" do justiceiro e sem saber entrei no estado crítico 1. O Pandoro era filho da prima de um amigo emprestado à tia do meu bisavô esquerdo, por isso é óbvio ia brincar as tardes todas para o quintal da casa dele e nesse dia do carro roubado, contei-lhe o sucedido e ele disse-me umas palvaras sábias que nunca hei-de esquecer:"Queres lanchar?"- e ante que pudesse responder disse-me ainda-"Tulicreme ou fiambre?". Fiquei pasmado e imediatamente o meu estado de espírito mudou, tipo do primeiro para o quarto.
Enfim, estados de espírito e "Carpe Diem", conhecimentos a ter muito em conta.
Até quando o tempo me deixar!

segunda-feira, outubro 10, 2005

Momentos de introspecção.....


De certeza que toda a gente já se sentiu desenquadrada de algum local, momento ou ambos. Esses momentos levam-me muitas vezes a uma introspecção profunda, a uma análise detalhada da vida que levo. Ás vezes gosto de observar, sentado, o mundo à minha volta, o que cada um faz!
"Sentado num enorme bloco de cimento moldado pelo homem, observo os carros a passar e as pessoas a mexer. Mas ao mesmo tempo revejo o meu passado recente."
Por isso acredito que estes acontecimentos ajudam cada um de nós a ultrapassar maus momentos e criar uma estabilidade emocional que nos permite viver neste mundo descentrado.
Fora do contexto mas com alguma ligação (basta procurar):
Num momento completamente rotineiro da minha vida, tive uma epifania: as quatro estações (primavera, verão, outono e inverno). Não sei quem foi que estabeleceu as estações por esta ordem, mas certamente esse alguém estava em plena sincronização consciente com a vida. Pois reparem: a primavera é o nascer, desabrochar, a alegrias. Tal como a infância. O verão é o calor, a euforia, os sentimentos. Tal como a adolescência. O outono é a estabilidade, racionalização e ínicio da paragem. Tal como a vida adulta. O inverno é gélido, parado e dor. Tal como o envelhecimento. Não sei porquê mas as estações encaixam perfeitamente na vida. Para pensar quando a primevera chegar!
Já dentro do do contexto inicial:
Naqueles momentos de introspecção, entendemos a grandeza do mundo em nosso redor, e percebemos que a única coisa a fazer é unicamente continuar a viver. Acho que em primeiro de tudo tenho de me sentir bem comigo próprio, e depois ainda melhor com os meus amigos ( e os momentos de introspecção são uma fase de uma metamorfose contínua humana). A amizade e o amor duram até à morte.
Pandoro. Antes de o conhecer já era amigo dele. Só há pouco tempo é que descobri isso. O Pandoro tem menos um ano que eu, e ele é a única pessoa que conheço em que as leis da Física não se aplicam. Diz-me que está sempre a voar! Agora a última dele é inacreditável: "Sinto-me um blastocisto prestes a nidar!". Às vezes invejo-o, por viver noutro mundo. Houve uma vez que apanhei o Pandoro sentado num parque infantil a comer um epá, e reparei quase imediatamente que estava desenquadrado. Mas a vida dele é um conto de fadas! "O que é que estará ele a pensar?". Sei que simplesmente está desenquadrado. Obrigado Pandoro.
Proponho-vos o seguinte. Quando não se sentirem bem emocionalmente, procurem um sítio público com considerável movimento, ou mesmo uma viagem de metro desde Amadora-Este até Cais-do-Sodré e pensem no que vos aconteceu ultimamente de importante. É necessário estarem concentrados. Não sei que vos diga mais.
Até quando o tempo me deixar!

Profundo conhecimento descartável


Passeio na estrada devastada
pelo inferno controlado,
pelo paraíso irado,
sem qualquer desconcentração.
Estou ciente de que faço em
poucos momentos previstos.
O mundo é defenido pelas
acções de cada um de nós,
e a minha acção ultimamente
reserva-se a caprichos.
Sigo a rota que a estrada
me sugere sem recurso,
obrigando-me a tirar um curso
de vida!
E a mão com que escrevo
diz-me que já tenho saber
suficiente para perceber,
que ainda falta muito para aprender.
Ao longo da estrada encontro companheiros,
de todas formas e tamanhos,
que me aconselham a prosseguir.