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sexta-feira, março 24, 2006

"tuescolhes" o título?


E se num único suspiro, pudéssemos ficar em plena força mental e física? Apenas naquela inspiração de oxigénio que recebemos em primeira mão, aquele sentido de direcção que recebemos instantaneamente sem pedir mais nada. O número de suspiros que damos por dia deve ser impensável, mas quando procuramos o verdadeiro momento de calma, se sentirmos o suspiro, a calma invade o ambiente que nos sustenta.
Digo-vos que se a chuva nos purifica, o suspiro nos liberta! Tanta coisa parva que existe neste mundo, que não deve ser nem alimentada nem sentida. Correcções contínuas, actualizações diárias.
Um dos desportos mais pacíficos, e em que os adeptos gastam mais energias do que os "atletas", não é o xadrez mas sim o Curling (imagem)! Deve ser exaustivo ficar tanto tempo em pé! A vida também desliza quando damos um empurrão. Ás vezes é que não acertamos no alvo....
Um bocejo vale 6.3 suspiros, quando é bem executado. O bocejo é mau no início porque abrimos a boca e é má educação bocejar com alguém nas redondezas. Mas quando está a acabar sentimos alívio e conforto, ou mesmo sono. E o sono é bom, é sinal de que nos é permitido sonhar!
"Bocejo de sentimento pelo que não afasto, durmo no pensamento e anseio a ansiedade de poder bocejar em plena concentração pelo o porquê!"
PORTUGAL-Alverca, 1500 horas, 7º regimento da zona de guerra transalpina de Alverca, temperatura- 57 F. Aula de Conservação de alimentos num frigorífico Fagor. 3ª fila mesa três a contar da porta. Eu e o Pandoro em plena posição de recepção de conhecimentos vindo do exterior.
"Onde ficam os legumes num frigorífico Fagor, Pandoro?" - silêncio de dúvida em plena atmosfera. O professor licenciado em Engenharia de electrodomésticos Fagor, repete a pergunta. Dou uma discreta cotovelada no Pandoro, que pensava nas tostas mistas do café do senhor António Pasteur. O Pandoro responde de forma absurda - " Poder escolher é poder dizer o que pensamos em forma de pensamento prático!" - Eu olhei para o Pandoro pálido e sereno, como quem observava a sua musa inspiradora, que o eleva ao nirvana e o deixa sem palavras.
O Pandoro levanta-se e começa a dançar break dance , o que me deixa mais perplexo porque é óbvio que ele não domina o estilo. Sendo que o Pandoro provém de origem escandinava, o estilo de dança que melhor pratica é o kuduro, sem dúvida. E de novo com surpresa bravia como quem corre nu num terreno baldio, responde com certeza imperial - "Última prateleira entre as conservas de longo prazo e os aipos franceses. O professor sem nada para dizer, ajoelha-se aos pés do Pandoro e grita - " Eis o meu salvador, que me irá tirar da terra infame! Manda-me, e eu farei!".
Nesse momento a professora de Potuguês diz ao Pandoro para parar de escrever o texto de aptidão literária, em que inclua três palavra chave: Fagor, salvador e kuduro. Eu disse ao Pandoro -" Essa do professor licenciado em frigoríficos está engraçada, Pandoro!"
Em suma, tirem a conclusão que quiserem!
Até quando o tempo me deixar!

sexta-feira, março 17, 2006

Sem pedir mais...

Só quero entender e poder reafirmar,
que o meu sol e a minha lua ainda estão por desvendar.
Antecipo as jogadas e invento pedestais,
como quem não quer saber de que forma se constrói,
a vida, o sabor sem pedir mais.
Grito de raiva sem saber porquê,
choro de fraqueza, rio de força....
Quero continuar com as ideias, quero-te seguir, quem quer que sejas.
Introduzo um aparte nesta afirmação doentia,
não quero delinear forçosamente a minha vida.
Procuro no futuro a resposta para o presente,
e sem pedir mais, enfraqueço a semente,
que me fornece a energia para me poder renovar,
e sem pedir mais, continuo a representar,
o papel da vida,
que alguém me concedeu e eu agradeço vitorioso
à procura do que é meu.
Coisas, sentimentos, momentos, situações
tudo o que se quer em forma de soluções.
Deixo por momentos a cena entreaberta,
alguém terá o take, que me deixará perto da meta,
deste troço que desenho e que percorro,
quero sem pedir mais o sonho!